Riccardo P. Rossi

A ROMA DO RICCARDO É…
Uma máquina do tempo! O motivo? ‘Ela’, a cada 10 metros, te leva à uma época e isso não significa só o Império Romano, porque ela não vive só desse auge. A cidade passou por tantas outras coisas que naturalmente refletem para esses seus outros momentos de ‘vida’.

“É como uma grande mulher: senhora, antiga, velha! E está lá, com suas rugas e cicatrizes, marcas que contam a sua
história: seja em uma igreja, em um monumento ao Fascismo ou numa esquina ‘qualquer’. Uma cidade é como um corpo, sendo que cada coisa que acontece é uma cicatriz, uma marca, uma cirurgia que teve de passar”, reflete Riccardo Pompili Rossi, 37 anos, romano. Cineasta, formou-se na Escola de Cinema de Cuba (EICTV), já morou na Espanha e na Inglaterra; desde 2008, vive no Brasil.

VIAJE COM ELE
Relação com a cidade: é visceral! Um caso de amor, de ódio, de contrastes. Não tem jeito, ela é uma cidade que ‘entra’ dentro de você!
Coisa fundamental: a luz e iluminação noturna ‘é’ a cidade! Aquelas nuances amareladas e os monumentos meio no escuro são coisas imbatíveis.
Lugar essencial: o Circo Massimo, pois foi o primeiro estádio do mundo e Riccardo é maluco por futebol e pela ASRoma, um dos principais times da capital italiana. Por isso, toda vez que eu vai, passa por lá porque o faz voltar no tempo.
Caminho preferido: uma caminhada ou uma corrida no centro, de noite, tipo meia noite, é algo fenomenal! Não tem ninguém e você pode passar em todos os lugares antigos e respira só história. É algo absurdo passar pelo Fórum Imperiale esse horário; e ir ao Pincio, o terraço do parque Villa Borghese, que dá uma panorâmica inesquecível do centro histórico. Ainda gosta de ir à Frascati, uma cidadezinha próxima, que tem um belvedere [mirante] que deflagra toda Roma, de uma outra perspectiva.
Um bairro típico: Testaccio é muito emblemático e o melhor momento para vê-lo é sábado à noite, quando ele é cheio de gente e tem muita coisa de nightlife acontecendo.
Quase ninguém vai: Ostia! E vale a pena conhecer porque é uma cidade antiga e não só de veraneio, a área do porto é de arqueologia fantástica.

GUIA GASTRÔ
O ícone romano: a pizza de pedaço e vale conhecer a Remo, no Trastevere. Dica de um/e aos fanáticos por futebol: o proprietário é da Lazio, time de futebol rival da ASRoma, mas fica em um bairro totalmente romanista – traduzindo, os torcedores do clube que leva o nome da cidade, são a maioria por ali.
Lugares obrigatórios: ir ao restaurante Cacio e Pepe, da Piazza Mazzzini, que é famoso pela massa que dá nome à casa. E é um tanto peculiar, tem três ou quatro pratos, nada de cardápio longo e com firulas! O Da Bucatino é outro que vale para comer de maneira bem autêntica.
Não fico sem: os gelatos da sorveteria Procopio e o tiramisù do Pompi, ambos na região da Piazza Re di Roma.
Indispensável: o trio de street food formado por supplì, baccallà e fiori di zucca . Como em qualquer lugar e, por sorte, Roma está cheia de ‘portinhas’ dedicadas à isso!
Vale conhecer: o Il Cornetone e seu maritozzo com panna- algo como a ‘bomba’ das padarias brasileiras, doce e com creme branco, um doce muito antigo de Roma, que resiste ainda em pouquíssimos lugares. Esse fica na Zona Marconi.
Mais que massa: a cidade tem ótimos lugares também para comer carne! Bons exemplos são o I Carnivori e o I Butteri, na Via Regina Margherita.Salvar


Food & travel brazilian journalist living between São Paulo and Rome!

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